terça-feira, 6 de abril de 2010



"Eu sou a que no mundo anda perdida, eu sou a que na vida não tem norte, sou a irmã do sonho, e desta sorte. Sou a crucificada... A dolorida... Sombra de névoa tênue e esvaecida. E que o destino amargo, triste e forte, impele brutalmente para a morte! Alma de luto sempre incompreendida. Sou aquela que passa e ninguém vê... Sou a que chamam triste sem o ser... Sou a que chora sem saber por quê... Sou talvez a visão que alguém sonhou, alguém que veio ao mundo pra me ver, e que nunca na vida me encontrou."

Florbela Espanca

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